Roteiro "Dançando a História da Dança"

A Dança: Mãe de Todas as Artes!

De todas as artes, a dança é a única que dispensa materiais e ferramentas dependendo só do corpo. Por isso, dizem-na a mais antiga das artes, aquela que o ser humano carrega dentro de si, desde tempos imemoriais.


Imagem dançante das Pedras da Serra da Capivara



Antes de polir a pedra, produzir utensílios e armas, o homem batia freneticamente os pés e as mãos para se aquecer e se comunicar. Assim, das cavernas à era do computador, a dança fez e continua a fazer História.
Iniciaremos nossa viagem no tempo, apresentando a Dança Ritual, quando, para o homem tudo era mágico...

A Dança na Idade Antiga

Na cultura Egípcia a dança tinha um caráter sagrado. A patrona da dança era Hathor, deusa-mãe representada por uma vaca que carregava o disco solar entre os chifres.
Diversos tipos de registros levam a crer que a dança egípcia era severa, angulosa, com alguns movimentos acrobáticos. As imagens raramente indicam saltos.
A participação feminina predominava.

A Dança na Idade Média

O longo período chamado idade média, foi descrito pelos humanistas do Renascimento como a Idade das Trevas. As cidades se despovoavam, o medo e a ignorância reinaram. Entre os séculos XI e XII, surgiu o fenômeno da dançomania que durou até o Renascimento. Era um sinal de desespero diante das dores físicas e epidêmicas como a peste negra, que ceifou milhares de vidas.
Numa histeria coletiva, as pessoas dançavam freneticamente expressando o pavor da morte. Na Itália foi chamada de tarantismo. A causa era a picada de uma aranha, a tarântula, que infestava o campo e as cidades. Acreditava-se que se a pessoa infectada transpirasse bastante, dançando vigorosamente, eliminaria o veneno.
Essa foi a origem da “Tarantela”

A Dança na Idade Moderna

Renascimento, conceito de beleza em que o corpo e o espírito devem formar um todo harmonioso. As cortes se transformaram, a luminosidade dos suntuosos palácios de mármore entram para a história. Cada Côrte se faz museu vivo e espetáculo permanente.

Catarina de Medicis

Vitória militar, casamento, nascimento são celebrados com pompa e circustância. Todos deveriam participar da glória do príncipe. Em Florença, Lourenço de Médicis lança a moda dos triunfos, festas nababescas que duram vários dias. As coreografias dos triunfos eram majestosas, os próprios nobres serviam de intérpretes.

Rei Luis XIV, da França


Nesse ambiente mais que propício, nasceu o Ballet de Côrte. O primeiro apresentado foi o “Ballet Comique de La Reine”, inaugurando a “moda” que iria atingir o apogeu com o rei Luis XIV, da França.


A Dança – Musa de todas as Épocas e Estilos

La Fille Mal Gardée
No tormentoso verão de 1789, na cidade de Bordeaux, o coreógrafo Jean Dauberval criou La Fille Mal Gardée. Os personagens, todos camponeses, eram astutos, engraçados, humanos, identificando-se com a vida real. Uma fazendeira pretende casar a filha Lize, com o herdeiro de um ricaço vizinho, para, assim, unirem as terras. Mas a moça está apaixonada pelo atraente Colas e se vale de mil subterfúgios para escapar do noivo imposto. Depois de muitas peripécias, Lise e Colas podem finalmente casar-se diante da alegria geral da aldeia.


As Sapatilhas de Ponta e Giselle – ícones do Romantismo

Em pleno século XIX a sociedade sofre profundas e irreversíveis transformações de comportamento. O turbilhão revolucionário e as guerras Napoleônicas refletiram sobre os costumes. A derrubada da Monarquia Absoluta que pôs em voga o conceito de liberdade individual como bem supremo. O Romantismo é filho dessa liberdade, ele pregava o predomínio do sentimento sobre a razão.
A dança no período Romântico é uma homenagem à sensibilidade. A imaginação tomou lugar da lógica, a dança adotou esses novos padrões, a figura feminina predominou. A mulher tornou-se musa, vítima, heroína.


Marie Taglione, ineventou as 'terríveis' sapatilhas de ponta



A sapatilha de pontas, que tritura e deforma os dedos, se torna indispensável à bailarina. É o assessório que lhe permite dar a ilusão de desligar-se da Terra para conquistar o espaço, de vencer a matéria para personificar o “romântico”.
Gisele foi, dentro da História da Dança, o auge desse estilo. O Primeiro Ato se passa às margens do Rio Reno, quando todos os camponeses cantam e dançam com Gisele. O Segundo Ato transcorre num cemitério, sob o luar. É meia-noite. Myrta, a Rainha das Willis, sai do túmulo, vestida de branco, rosto velado. Convoca as demais Willis e todas dançam, encantadas pelo amor.
A Dança Chega ao Século XX

Carmem
O Balé Moderno nasceu da contestação
Estreou em 21 de fevereiro de 1949. Carmem fala de uma mulher forte que viveu muitos amores. Pela 1ª vez na história da dança piauiense, um trecho deste balé será apresentado exclusivamente por um elenco feminino.

Um comentário:

rossanopio.blogspot.com disse...

Fiz um vídeo a respeito da dançomania
http://www.youtube.com/watch?v=XULhaFlHuN0